Na crise dos quase 30, porém com apenas 26.
Minha maior atividade atualmente é identificar meus defeitos diante do espelho. Espremendo os olhos, conto as rugas, linhas de expressão, mas são de fato as varizes que mais me deprimem.
Pergunto: - Por onde andei tanto que não visualizo hoje os resultados dessa estrada? (Enquanto descubro uma veia quebrada a cada novo instante).
(Bom, agora minha história é contada pela quantidade de varizes que tenho, isso sim é deprimente. Devo dizer, muito deprimente, só pra frizar o quão deprimente isso soou).
Analisando mais a fundo a pergunta (que não quer calar) acabo concluindo que a existência delas não se deve a tal estrada percorrida (daí a falta de resultados esperados). E de repente, não mais do que um estalo, tchram, tudo faz sentido, e diante do espelho pensamentos se formam assim sequenciados:
"Hum, as varizes aparecem para avisar que o tempo passou".
" Eu não andei ".
" Estas malditas se fazem presentes por conta do sedentarismo. Varizes, sedentarismo, vida medíocre, agora tudo faz sentido".
" Caralho, que analogia mais tosca. Até as varizes existem pra me chamar de estagnada".
...
Eu sou Hiane, nordestina, amante da fotografia, pseudo-jornalista, sem pudores e cheia de uma graça irônica, com meia dúzia de amigos, um namorado em São Paulo, uma irmã em Brasília, somando-se duas saudades indescritíveis e uma Ingrid que vale por seis. Um trabalho medíocre para pagar os estudos, uns quilos a mais, uns quilos a menos e nenhum tostão no bolso. Ora ri, ora chora, diariamente sonha, sempre espera e nunca impressiona. Acredita que bom gosto e bom senso não se compram, mas venderia o seu as cantoras de forró e colegas de trabalho, pois além de tudo, é solidária. E solitária. Bebe cerveja. Fuma seu cigarro. Come uma barra inteira de chocolates. E acreditem, isso lhe basta. Partilha com uma ruma de gente estranha sentimentos em comuns (exemplo: andar de ônibus). Não tem ambições se não conhecer o mundo, contudo aprendeu que não pode começar pela Espanha. Assume parte do que é, do que tem e do que busca. Sente um turbilhão de coisas todos os dias e reza somente para que façam sentido.
.... Esta é a minha vida, e na maioria das vezes, ela corre sem mim enquanto eu penso o que fazer com ela.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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Completamente você, Brownie...
ResponderExcluirE um pouco "eu' também, já que às vezes dá até medo de como a gente pensa igual...
Eu também acredito que bom gosto e bom senso são para poucos, apesar de admitir que o segundo já nos faltou algumas (muitas?) vezes...
Mas não tem problema, da próxima vez eu vou também e a gente começa por Londres.
Te amo.
Ass.: Uma Ingrid que vale por seis.
Eu conto pelos cabelos brancos que tão rareando...
ResponderExcluirTb te amo!
=*
Ass: O namorado de São Paulo.